Touradas ou Palhaçadas Deprimentes?!


Afinal, além de se dever respeito aos animais, criaturas sensíveis, também se deve reconhecer o direito às pessoas conscientes e normalmente impressionáveis, de não serem confrontadas com práticas cruéis e de pretenderem que elas não tenham lugar, até para a sua tranquilidade interior.

Touro
O touro é retirado da vida na natureza em companhia da manada e logo privado da liberdade da campina, metido violentamente e apertado em gaiolas minúsculas, transportado em pânico, claustrofobia, fúria e luta até à praça. Por vezes é sujeito, sem anestesia, ao corte da ponta dos cornos em zona viva, enervada e dolorosa, para que se iniba de marrar com violência. Por vezes é-lhe aplicada pomada ou pó nos olhos para provocar irritação nesses órgãos e lhe diminuir concentração e visão. Muitas vezes é agredido antes da tourada com choques por aguilhão eléctrico nos testículos, para o fazer irromper na arena aparentando ser braviamente perigoso, mas, na realidade, saltando de susto e de dor. A seguir, na lide, é provocado, enfurecido, ferido por farpas, magoado, cansado até o esgotamento e, em Barrancos de Portugal, até é morto por estocada (ou várias estocadas até acertar);

Findada a lide é levado para o matadouro, estafado e com feridas dolorosas a infectarem-se e a fazê-lo adoecer, até que o abate, oxalá que rápido, o liberte de tanto sofrimento. Se for na Ilha Terceira dos Açores, o touro poderá ser «recuperado» para vir a ser usado mais tarde em corridas à corda, forte tradição naquela ilha.

Cavalo
Um cavalo de lide tem que enfrentar stress e risco de ferimento e de morte. O cavalo é um ser que, quando se sente ameaçado, busca instintivamente a sua segurança e sobrevivência na fuga ou no pôr-se a uma distância que considere suficiente para escapar ao perigo. Ele consegue realizar a fuga com relativa velocidade e aguenta-a com bastante resistência por distâncias consideráveis. Quando a causa ameaçadora ou algo estranho se encontra próximo e, também, quando outros motivos intervêm (luta entre garanhões disputando éguas, da égua quando não aceita o garanhão, da égua em defesa do potro, de uns e outros por ciúme, em disputa da ração, para escorraçar um intruso, etc.) poderá utilizar o coice das patas traseiras ou, ainda, a sapatada com o membro anterior e a dentada. Mas não é temerário a ponto de se dispor por livre vontade a enfrentar um touro de perto, mesmo possuindo alguma coragem. Pode, quando muito, se for jovem, se estiver eufórico e cheio de energia, dar umas corridas de provocação, fazer umas fintas, empinar-se e escoicear, mas sempre a uma distância relativamente prudente.


Pensa que se deve aceitar este sacrifício dos cavalos e dos touros ou preferia que ele não acontecesse? Então queira manifestar-se!

A protecção dos animais faz parte da moral e da cultura dos povos.
Matar animais por desporto, prazer, aventura e pelas suas peles, é um fenómeno que é ao mesmo tempo cruel e repugnante. Não há justificativa na satisfação de uma brutalidade dessas.
Até ao momento não consigo diferenciar qual a atitude mais execrável… se aquele que pratica ou se aquele que assiste a este tipo de palhaçada deprimente!!!
A maior tradição que o Homem tem na sua História é a evolução.
SCristina

"Os animais dividem connosco o privilégio de terem uma alma. " (Pythagoras)

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